Mal sabia ela
Mal sabia ela, abraçados na beira da praia
Entre carícias, goles, beijos
E cigarros,
outro dia viria a tempestade
Acasos do destino que conspiram
Contra nossos desejos mais íntimos
Eu fui bebado na sua porta,
Falando sobre meus
versos marginais
Depois de um velório,
Mais alguns beijos
Ela me deu força pra seguir em frente
Mal sabia ela,
que entre uma cerveja
E outra, alegria, euforia,
Nosso pequeno sarau de poesia
Na mesa do bar
direto pra minha cama,
mal sabia ela que na quela noite
Iria me atacar, arrancar minha roupa
Trocando beijos de loucura
Transando como dois animais
Que passaram uma eternidade
Se procurando em outros corpos
Mal sabia ela...
Que entre toda essa poesia,
Poderia nascer um ramance desses
Que so existe nos livros
Onde ela goza na cama do cafajeste
Dorme e sonha com um poeta
E acorda vivendo um sonho
Ao meu lado.