AS CURVAS DAS PERNAS DELA

Lá no lindo lugar onde eu vivia,

Logo que mais um alegre dia raiava,

Eu levantava e para o rio seguia;

Só para vê-la quando se banhava.

Tudo em volta dela era um paraíso,

Mas, mostrava as pernas, rapidamente,

A altura das cochas, em minha frente;

Mesmo assim, charfudava o meu juízo.

Ela não sabia que eu estava ali,

Sem medo banhava suas curvas belas,

Tão belas que iguais a elas nunca vi;

Nem em contos de lindas cinderelas.

Nada além das curvas ela mostrava,

Mas, eu tinha ciúme das águas do rio,

Que ao banhá-la deixavam-me arredio;

Mas, eu bem quieto, escondido, ficava.

Dias, meses e anos, rápidos, passaram,

A bela moça, de pernas tão lindas,

Para o rio não mais fez idas e vindas;

E de saudade meus olhos prantearam.

Deixei a adolescência mudei de rincão,

Encontrei-a numa cidade distante,

Sempre bonita, de corpo elegante;

Mas tinha dado a outro o seu coração.

Sebastião Barros
Enviado por Sebastião Barros em 15/04/2017
Código do texto: T5971710
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.