AS CURVAS DAS PERNAS DELA
Lá no lindo lugar onde eu vivia,
Logo que mais um alegre dia raiava,
Eu levantava e para o rio seguia;
Só para vê-la quando se banhava.
Tudo em volta dela era um paraíso,
Mas, mostrava as pernas, rapidamente,
A altura das cochas, em minha frente;
Mesmo assim, charfudava o meu juízo.
Ela não sabia que eu estava ali,
Sem medo banhava suas curvas belas,
Tão belas que iguais a elas nunca vi;
Nem em contos de lindas cinderelas.
Nada além das curvas ela mostrava,
Mas, eu tinha ciúme das águas do rio,
Que ao banhá-la deixavam-me arredio;
Mas, eu bem quieto, escondido, ficava.
Dias, meses e anos, rápidos, passaram,
A bela moça, de pernas tão lindas,
Para o rio não mais fez idas e vindas;
E de saudade meus olhos prantearam.
Deixei a adolescência mudei de rincão,
Encontrei-a numa cidade distante,
Sempre bonita, de corpo elegante;
Mas tinha dado a outro o seu coração.