Aquarela
A garoa cai mansa sobre o asfalto
A água refletida nos faróis dos carros
Calmamente a cidade vai sendo banhada
As luzes dos postes são repartidas
Olhar tanto arco-íris inebria os sentidos
Alguém observa a cena aspirando o perfume
Há vontade de dançar no palco do acaso
Num instante está o plasticamente lindo
É preciso registrar o momento ímpar
No desejo há mescla do úmido sobre úmido
Uma aquarela surge durante a noite serena
Está feita uma prece que já foi atendida
-Vem! Vem dançar comigo a música da chuva!