Flores da Alma

Nasce a cada momento

de dor, de sofrimento

nova flor de cor celeste

no centro agreste

matizada em aquarela,

órfã e sem tutela.

Nasce entristecida

ensaiando, inibida,

envolver em magia

um olhar-nostagia.

Tenta a sedução,

toca a emoção...

Tenta a razão,

não encontra perdão.

Para que veio, então?

O véu do amor

fortalece sua cor

que a luzir recria

o sonho, a fantasia.

Ei-la, bela e plena,

segura, serena,

Tornou diferente

a alma descrente.

É novo o dia

É sã a poesia.

Semente cuidada,

flor germinada.

SP, 17/08/2005

14:00horas

Cleide Canton
Enviado por Cleide Canton em 14/10/2005
Código do texto: T59701