Jazz

Com paixão respondo ao teu domínio,

à tua fome de carne, sexo, diferença.

Venho no tumulto, na tempestade,

no rasto das correntes e sou o improvisado jazz

que geme, se abre ao mar e se apaga,

dolente como um suspiro, vaga de cansaço

na imobilidade mágica do fim.

Quando olho estás de novo em guerra

e é som tremendo, fúria de lobos em cio.

Trazes o cheiro, o sabor do excesso,

a raiva do amor aceso, a luta, a ferocidade.

De ti me vem a morte, a vida e a eternidade.

És no meu corpo a única música.

Edgardo Xavier
Enviado por Edgardo Xavier em 13/04/2017
Código do texto: T5970069
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