PRIMAVERAS

Por que suas palavras de volta,

Não causam-me espanto?

Por que suas vãs ilações, nada mais dizem?

Por que não surpreendem-me, espantam-me?

Eu esperei por ti vinte e seis anos,

E esperar-te-ei, outros tantos,

Fui de um pedaço de madeira morta,

A carvão... A diamante...

Diamantes lindos e raros,

Porém, nada além de pedras,

Se não houver que os olhe,

Com amor...

Mas, e no senso das coisas verdadeiras?

Quem, afinal, tem o mesmo olhar do início ao final?

Será que tudo, no fundo, não estará sempre igual?

Senão na vida real, ao menos no mundo infinito do poeta?

ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS
Enviado por ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS em 12/04/2017
Código do texto: T5968758
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