um leito puro,
pra descansar as asas e coroar o desejo
E pelas campinas, em chão de linho,
ascender e morrer no corpo do homem
Dai-me um tempo insuportável de doçura,
com um sorriso inteiro
e o fogo à espreita,
pra beijar-lhe o dorso, o sal e a música
Um homem terno com cheiro de ervas,
sem metais, domas, nem disfarces,
mas o marfim a sorrir-me toda os poros e o ventre
Não um homem qualquer, mas esse, mais ardente que a luz,
que nasce e canta na voz dos meus pulsos
Dai-me um espaço na fugacidade da vida,
pra afundar as mãos
no barro, na resina e nas estrelas de que é feito.
E esse homem do mundo a olhar-te, tentando decifrá-la. Como saber dos seus mistérios? De onde vêm suas amorosidades, a cor dos seus sorrisos? Com que mel adoça os seus lábios? Qual o feitiço dos seus quadris? Em que sol esquentas o seu coração?
Abraçá-la agora, seria o ápice do que se chamaria felicidade.
Abraçá-la agora, seria o ápice do que se chamaria felicidade.
( Dito )
Grata pela generosidade e o carinho de palavras tão lindas, meu amigo... Sorrio-te com a alma toda !
Tela - Chelin-Sanjuan