Nuvens
Há nuvens
Que são para olhar
Há nuvens
Que são para crer
Há no céu
Há no pôr
Há no amor
Há no haverá
Há no entender
E escondem o calor
Em sombras de frieza
Há nuvens em olhos
Mirando formas
Criando sonhos
Chovendo tristezas
Há nuvens em ti
Anunciando tempestade
Há agora nuvens em mim
Negras, carregadas sobre a tarde
Há nuvens
Em todo o lugar
Há nuvens
Que não eram para ter
Há nuvens de algodão
Doces e distantes
Há nuvens amargas
Que insistimos em temer
Há nuvens
Que ao menos posso observar
Há nuvens
Que o tempo leva
Há nuvens
Que o tempo deixa ficar
Há nuvens que o tempo venera