OPUS 97

Brasil do não conhecer os brasileiros...

Neste canto contemplo um luar sangrento...

Brasil do sol irmão... Do sol dançante...

Brasil meu país de ingleses...

Seremos homens e mulheres, mas nunca perfeitos...

Seremos todos um só...

Contemos ao passado o morrer futurístico...

Hoje é o perceber constante de uma nova era...

Tudo é o resultado do disparo de um revolver...

Nada será igual no meu mundo...

Tudo evolui neste planeta...

Risos se ouvem sempre e sempre...

Hoje é a certeza de amanhã...

Todos somos um nenhum querer dos outros...

Reis e rainhas são um futuro triste...

Wanda ainda é moça sem beijos...

Nunca se viu um zombie no quintal da mansão dos ditadores...

Meus sonhos são teus Wanda, garota virgem de ideais...

Verdade seja dita... Tudo é horrivel de acreditar...

Diante dos fracos os fortes dominam...

Futuro de medo nos aguarda...

Sonhos e mais sonhos definham...

Quando tudo será uma democracia de duendes e anjos negros?

Pontes e estradas caem...

Vamos a guerra pelo Marrocos e do sofredor iêmem...

Vamos pedir a Deus o fim...

Xadrez velho jogam as crianças desta época...

Zeus está morto...

Tudo converge para o ateismo...

Rinhas de galos banquetenham os violentos...

Krishna voltará breve...

Krishna reinará na idiotice...

Garotas dançam loucas no velório dos políticos...

Falta comida na Oceania...

Tempo de guerras e fome aclama todo o Brasil...

Tudo é um fantasma drogado nas esquinas de São Paulo...

Risos de Bolsonaro louco, mas inovador...

Risos de capitalistas sem cabeça nos Infernos do Islã...

Quando Wanda conhecerá o amor?

Juntos somos uns fanáticos da cadeia alimentar...

Linda canção emana da Alemanha nos sonhos do EUA...

Loucos do milênio à esperar um sonho com o mesmo refrão maldito da Bossa Nova...

São Paulo ainda será uma ilha de lésbicas dançando num discurso anti semita...

Suave será o acordar de brasileiros insanos...

Ruim será falar da Russia opressora...

Tanques de guerra e covardia em Fortaleza ao Rio de Janeiro do cangaço messiãnico...

Keylla não lembra dos filhos...

Tem jeito deste poema fazer sentido a algum escritor louco por maçãs?...

Julia sonha em revelar o quanto gostou do beijo de Fernanda...

Paulo sonha em ver Bolsonaro nu diante de mil mulheres, com adagas virgens e cegas de amor em sede de morte...

Sinto um pesadelo começar...

Por que você é brasileiro...?

Por que você é chines...?

Por que você destrói o inverno da sociedade com primaveras de ódio?

Por que o Brasil não evolui num tatu de ouro?

Jamais existirá na mesma canção uma lembrança dum azul de deuses indiferentes...

Muito mais ainda esses mesmos políticos sugam da nossa veia de pulgas um mal hades, de uma aurora deste adeus desenhando com sangue e horror humano...

Pois em findar as minhas palavras contemplaremos nas lágrimas um último paraíso...

Paraíso esse que revela um poderoso e bom rock and roll...

Rock and roll; Bolsonaro...