O vinho e as lágrimas, o sabor da vida

O Cálice

Primeiro saboreamos a fantasia que nos extasia pela doçura.

Horas depois entre risos incontidos

O cálice começa a transbordar

A verdade sempre é escorregadia

O amor verdadeiro nunca morreu

Apenas saiu porta afora

Mas aqui dentro ficou

O vinho e as lágrimas juntas tem o sabor da vida

O olhar embaça

Os sonhos foram ficando pequenos

A estrada cada vez mais vazia

O sabor perdendo doçura

Deixando amargor.

A língua sorve a última gota do vinho

No fundo do Cálice.

O corpo estremece

Os olhos fecham

O Cálice cai

Robertson
Enviado por Robertson em 07/04/2017
Reeditado em 24/04/2017
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