Sôfrego de Amor!
Núpcias dialéticas forjam prazer
Intrinsecamente o poeta canta
O cancioneiro abstrato recita
Os últimos versos impróprios do querer...
A noite se esvai inteira e fria
Entre os corpos a mansidão do amor
Num sôfrego instante, faz-se em ápice, o dia.
É como se nada mais restasse,
Os corpos na efemeridade da voz
Sussurram carícias
Pedindo que o tempo não passe!
Enfim, outro silêncio explode,
Deixa de cara a saudade e o delírio,
O abraço na despedida pede vida, vida...
Num instante outro olhar acode!
Sofrer de amor não é coisa boa,
Nem a alma, tal tristeza entende,
O vento melancólico aprende,
A canção que o coração entoa!