Dor de amor

E ele tinha uma dor de amor.

Estava com ele desde o amanhecer até o fim do dia.

Às vezes era uma dor suave.

Às vezes seu peito a dor apertava...

e com tamanha força que ele, impotente, lentamente definhava...

mas ele gostava...

quanto mais a sentia, mais a queria.

Às vezes quase dela nem se lembrava.

Mas ela estava lá.

E a um sinal dele

a dor mais forte se tornava...

até que em toda ela ele se afogava.

E ele amava aquela dor que em seu peito morava

Estranho esse amor por essa dor de amor?

Não!

Era justamente essa dor de amor que pra sua vida quase vazia sentido dava.