Vôo Solitário

Vôo Solitário

Sobre as águas mansas do mar

o vôo solitário da gaivota.

Voa rente a superfície, admirando

seu reflexo uno.

Em risco de beijo, frisa o oceano,

traçando a linha que deveria seguir.

De súbito vai as alturas e mergulha.

Mergulha fundo, a procura do alimento

do corpo e do coração.

Emerge em ondas revoltas a

vida de liberdade.

De volta ao rochedo espera o

tempo de acasalar.

Voa gaivota, voa,

espere seu tempo.

Paulo Mello

04.08.07

Paulo Mello
Enviado por Paulo Mello em 07/08/2007
Reeditado em 07/08/2007
Código do texto: T596387