Teu Nome

Teu Nome

Nas trevas de mim,

caminho no tropeço

de emoções vadias

junto aos abismos

de solidão contida.

Na noite do meu eu,

antevejo-te por lua

de adornos de prata

sobre um manto negro

fugindo de meu olhar.

Assim, teu nome é Lua!

Por vezes, lua cheia,

em sorriso de afago,

halo resplandecente

que me envolve, feliz.

Mas, quando lua nova,

me envolves no vazio

duma ternura infinda,

e a solidão me cerca

voraz, cruel, amarga...

Porém, a mentira de ti,

que minguas, crescendo,

ou que cresce, minguando,

lança-me nesse desespero

de um amante platónico.

Puderas ser, meu amor,

lua cheia, tom de prata,

desnudada do manto breu,

que envolvesse meu corpo

e iluminasse todo meu ser!

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Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 06/04/2017
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