ELA

Os olhos dela são como a lua refletida no mar numa noite de verão

E o seu olhar é como um relâmpago de trovão no meio da madrugada

Que ilumina até o beco mais escuro

Quando a encaro, não consigo evitar,

Fico paralisado observando tamanha beleza

Como uma criança que vê o mar pela primeira vez

Ela não é uma miragem, mas parece irreal.

Ela não é um anjo, mas parece divina.

Ela está do meu lado mas parece inalcançável

A sua beleza é única,

Assim como tudo que é perfeito deve ser.

O Céu. O Sol. A Água. Ela.

Não tê-la, para mim, é como viver sem uma unicidade da natureza.

É como assistir os dias passarem sem ver sentido nas coisas.

É comer e não se staisfazer, é beber não se saciar. É assistir a uma paisagem de campos verdes com o vento da primavera batendo em meu rosto, e não sentir felicidade.

É viver em um mundo escuro. Sem Céu. Sem Sol. Sem Água. Sem Ela.

Quero poder satisfazê-la

Quero tê-la nos braços e lhe transmitir segurança

Quero olhá-la nos olhos e lhe passar confiança

Quero fazê-la se sentir bem e feliz

Quero ser bonito para atraí-la

Quero ser engraçado para fazê-la rir

Não sei se o que sinto é bom ou é mau.

O que sei é que, em meu coração, está acima de qualquer julgo terreno.

Pode ser bom. Pode ser mau. Não importa. É sentimento. Apenas sentimento. Puro e verdadeiro.

Gosto de pensar que um dia irei tê-la. Talvez não hoje, ou tampouco amanhã.

Mas um dia.

Talvez não devesse. Talvez o certo fosse fazer o esforço agonizante de tentar esquecê-la

O certo. De acordo com o julgo terreno.

Mas, de que serve a obediência moral,

Quando se vive em um mundo triste e sombrio. Sem Céu. Sem Sol. Sem Água. Sem Ela.