Amor atemporal
A bomba do meu coração é injetora
Busca e manda embora você e suas coisas.
Sua preguiça estirada ao sol é meu fetiche,
meu tônico, meu deslize.
Menino crescido, seu ronco me irrita,
mas se me privo...
Viver é seu lema,
seu e dessa sua mania de colecionar anos;
De um em um, são tantos.
Seu andar em lenta marcha provoca em mim ternura,
loucura, frescura de uma manhã de setembro.
Seus silêncios sombreados de fumaça
Bolerodiam e me embriagam.
Sua educadez oscila em tempo apocalíptico e teoral.
__Você, menino, é um tempo perdido?
Não sei, só sei que me divirto,
e enquanto vivo, procuro riso.
Vou te contar um segredo latente, erótico e filosofal.
Guarde-o só pra você, cartão postal ou dossiê;
__Menino bonito, você é meu mal