O perene suplício da vida sem ti
Sucedem-se as estações,
Os anos passam
Mas a lembrança do que para mim quase foste não se apaga
Tudo sem ti é tão irreal, é insípido
Nada mais é do que uma farsa.
Revive diariamente em mim
A lembrança de um amor perdido
Correspondido, mas não vivido
Um sentimento sublime e verdadeiro
Um laço de amor mal resolvido.
Mais cruel que a dor de te não poder ter
É ter de silenciar a incomplacente voz
Que insistentemente me incita a pensar:
Em como teria sido...
Na vida que teria vivido
Na alegria que teria sentido, se...
Amamo-nos em oculto e tão profundamente
E quando no mesmo espaço,
Anula-se tudo o que está em redor
Passando a existir só nós
Tornas-te para mim tudo
E eu me torno no teu mundo.