OPUS 98

POEMA PARA AS DUAS DONZELAS FILHAS DO SENHOR DEUS E MINHAS IRMÃS CELESTE: Beatriz C. Bandeira E Seungmy Oppa...

OPUS 98

1Eric Clapton não chore...

2Jim Morrison não se drogue...

3Pois o tempo passou

4a chama esfriou, a canela em pó acabou...

5Meu amor onde você está? Onde você morreu neste cosmo de prazeres? Onde a lagarta deixou de ser lagarta pra ser um belo Dragão azul... De olhos verdes minha donzela...

6Eric o tempo nos mostrou a tristeza do Paraíso... Tenho medo do escuro... Tenho medo de morangos... Tenho medo do capim que brota no Inferno. Neste doce prazer de rebeldes tristes e sozinhos...

7Por favor... Não me deixe, meus perdidos sonhos mágicos. Pois no céu as lágrimas são puros diamantes... preciosa jóia de poetas mortos... Poetas carentes aprisionados num verão europeu... É o silêncio das eras virgens de carícias breves e intensas... É o inverno da maçã suculenta... E nada trará novamente um gemido de mulher na cama depois das núpcias. Numa tarde em Primavera francesa...

8É a oração dum perdido. É a chance dos roubados pela maconha... Quando isso tudo chamado amor for esquecido... Os deuses reinarão em mil anos... Porquanto, o amor é planta de aurífico ipê japonês... Jamais uma flor de brancura dos seios da mulher calará o cantar dos anjos neste eterno casamento entre Marte e a Terra... Pois a primeira vez de uma donzela no leito sem mácula é algo que o sagrado protegerá.

9Na sala eu escrevo... Na mesma sala estou cego... Na mesma sala sou esfaqueado entre a alma e a humanidade brasileira... Nos traços das letras mora um demônio comedor de flores murchas... Flores de príncipes sem braços e sem pernas, verá você somente os olhos mais venustos dos anjos da utopia America Latina... Cantemos os acordos de políticos e Nazinacionalistas... O sol de Hitler ainda não morreu no coração de tantas Evas...

10Meu amor é indigena...

11Meu amor é africano...

12Meu amor é um pouco de carne com molho de honra e poder...

13Eric não chore... Eu sei que o Messias virá... Eu sei que voaremos nas galáxias de virgens estrelas do ópio... Beberemos café ao findar da Over dose de cobras solitárias... E então nosso futuro breve desenhará milhões de crianças esquecidas em aquarelas negras... Morreu Conor, mas não morreu tua alma...

14Onde as fadas moram? Onde os anjos dançam? Onde é flertado um beijo de mulher? Nas paisagens deste coração italianas saem nuas a voarem rumo a um caminho sem volta... Italianas de brancura do leite das vacas hindu... Meu Deus...

15Um livro no canto...

16Poeiras cósmicas em um livro de poemas desgraçados pelo cupim da culpa... Nada nesta vida vale tanto quanto a boa certeza de fazer o que é necessário fazer. Vamos meu amor morar nas trevas amarelas...

17Meu cheiro é perfume de velho...

18Meus olhos contemplam... Ó rapariga de Portugal venha me levar pra Noruega de putas de luxo... Putas de fragrâncias do inferno gozoso de beijos... De beijos entre bandidos inertes nas paredes de ninfas dum adeus...

19Cantemos as raparigas de Português língua, cantemos o prazer de sermos caídos na cama de nudes imperfeita... Eu não busco um poema, eu busco a face de Lúcifer no seu apogeu inglório e nefasto de rancor maligno... Ó Eric o Paraíso de um deus Ariano existe... Eu não estou em mim mesmo, mas estou imerso no mar da loucura...

20Vamos minha menina invisivel... Andemos ao passo das Elefantas grávidas... E morreremos um dia qualquer...

21Como o cheiro dela é suave...

22Como o cheiro dele é suave...

23Como a fragrância do Inferno atraí tantos inocentes de nenhuma paz... De nenhuma paz de sexo com as letras. Eu sou um homem complicado. Eu sou a história irônica acalantada nos versos sem perguntas lógicas...

24Aí verás meu amigo um pouco do meu espírito...

25Aí verás meu louco processo de causas perdidas na lama dum sorriso feminino...

26Onde encontrar a mimosa flor de Israel? Onde encontrar a rosa do Líbano? Onde encontrar os segredos do Corão violento e da Bíblia que traga num vulcão o amor radical e santo?

27Eu sou um rapaz entre milhares de mundos...

28As formosas canções deste findar é o despir trazendo aos céus a nudes sem pecado

29portanto nunca se viu uma donzela em noites de lua minguante...

30É o fim da estrada...

31É o fim do Dragão...

32É o findar da verdade inefável...

33É o desejo magnânimo...

34É o gozo das poetisas em transas que outorgam filhos e demônios do pobre Brasil.