Andarilha de minha Sibéria despovoada

Andarilha de minha Sibéria despovoada

És também transeunte do eu,

Os astros congelam-se,

E tua sólida presença

Enraíza-se mais profundamente em mim

Admiro-te como um peregrino

À estátua de sua santa,

Imagino os atos de extrema luxúria,

Mas não te toco

Só oro de joelhos

Em minha ansiedade

Que sente tuas garras

De Afrodite-águia cinzenta

Cruzando em minhas costas

E definitivamente o tempo

Perde sua função de mediador.