DÉBORA
Eu conheço uma mulher,
Rara e muito especial,
Como mulher e mãe,
E como "femme fatale" que é.
Nossas conversar são inconfessáveis,
Pois nelas, somos o que realmente somos,
E isso revelado, arrasaria mundos,
Destruiria o que já está destruído, meu e dela.
Se hoje eu estou louco,
Resta a min, usar bem a pouca sanidade que eu tenho,
E deixar que teus lindos olhos, ora cor de céu, ora cor de fogo,
Em rota de colisão com os desejos que sentimos um pelo outro.
Alguns dirão que talvez fossem amantes,
Outros dirão que, talvez tenham sido amantes,
Outros ainda, dirão, eu sempre soube que são,
Amantes.
Somos sim, inconfessáveis amantes,
Das coisas belas incompreensíveis aos parvos,
Que não sabem ainda que, o que nos liga é a alma,
Mas, o que é maior, o amor das almas ou dos corpos?
Sim, somos amantes, dos sentimentos,
Das relações frustadas que me aprisionam e a ti também,
Dos nossos desejos de sermos livres.
Seríamos e ainda poderíamos ser ótimos parceiros,
Bonny and Clyde no crime,
Tolouse-Lautrec e Valentine nas artes... Sexo... Bebedeiras...
Romeu e Julieta no amor trágico!
Santa Clara e São Francisco no amor pela fé.
Eu não gostaria de saber que você sofre, mas eu sei,
Eu não gosto pois eu também sofro por não fazer nada,
Eu queria poder te entender, mas eu não consigo,
Eu queria entender a mim mesmo mas... Talvez seja melhor não.
Que tipo de amantes somos eu e tu?
Sonhadores...
Loucos...
Tudo isso e; sensíveis.
Capazes das mais loucas loucuras de amor,
Capazes da auto destruição por amor, de matar, de morrer...
Capazes de macular tudo, por este amor que nos consome!
E, ainda assim, depois de feridos e humilhados,
Aguentarmos o desprezo, o escárnio,
Da maldita turba burra e acomodada que nos cerca,
Eles, em especial ela... Me enoja.
Não te aflijas minha amiga amada amante,
Não te aflijas pois teu parvo logo deixará tua vida,
Pois o mundo está lá fora para nós, e nós também,
Para vivermos nosso amor assim, intensamente!