E quando não mais tiveres abismos assombrando os passos,
     não mais me percas
     E então venhas com a respiração leve,
     a língua doce e o olhar infundido
     Sentes-te ao meu lado, escorregadio sobre o ombro,
     inflamando sobre o peito os beijos apertados que guardaste
     dos olhares do mundo, como um poema a morrer na boca

     E as mãos, ahhh as mãos... em seda pura,
     para o altar do meu corpo onde só o teu nome respira
     E deixes... deixes que o sol mude de lugar, infinitas vezes,
     até que não mais se saiba do espaço entre os lábios
 
     [ e ainda assim, meu amor,
     a saudade não teremos quitado ].



 



 

Ouvindo... 


DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 30/03/2017
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