AMOR DE MÃE
Eu vi uma mulher sentar em frente a mim, em um banco de praça,
Ao seu lado, uma criança de colo, alternava-se entre dormir e mamar,
Tranquila, em meio ao mundo que, não parava ao nosso redor,
Só existia ali: Eu, a mulher, a criança e a mamadeira...
A mulher já era madura,
Poderia ser uma babá, a mãe, a tia, a avó, uma lactante... Não importa,
Mas naquele instante, de total amor, no gesto de alimentar,
O que estava ali era uma "mãe", apaixonada pelo indefeso, filho ou não...
Para a mulher, para a criança,
Nada mais no mundo existia,
Apenas as três: " A mulher, a criança, a mamadeira",
Compondo a mais primitiva cena de amor...
Em momento algum ela me viram,
Embora eu estivesse a pouco metros delas,
E foi o melhor para mim, pois pude ver a "essência da cena",
A mais pura e primitiva cena de amor...
Foi um momento mágico e único,
Que de agora em diante, ao olhar minha amada mãe,
Saberei que sempre haverá em minha vida,
Uma mulher pronta a alimentar-me de amor...