Medo do amor
Sinto agora os efeitos
Da covardia
Sinto-me sufocado
Pelo arrependimento
Joguei veneno
Dentro do meu próprio corpo
Vejo-me em terror
Em absurda nostalgia
Frente a um monstruoso perigo
Onde o apavorante medo se revela
Onde me afasto de mim
Despertado por um enfreado desejo
Aniquilando-me em ilusões efêmeras
Em selvagens desvios da razão
Busca incessante de fugir de si
Não me encontro e distancio do meu próprio “eu”
Sinto-me sob os efeitos
De pensar sem agir
Afogado
Envenenado
Quase sem essência
Apaixonado e sem coragem
Com medo.