NADA HÁ DE PERDOAR...
Nada há de perdoar... Apagar...
O Amor não amado,
O beijo não dado,
A frase de amor jamais dita.
Nada há de perdoar... Apagar...
O rito abafado da paixão,
O choro represado e ressentido,
O pouco de afeto suplicado, implorado.
Nada há de perdoar... Apagar...
Aquilo que nada pode apagar,
As horas passadas a teu lado,
A rosa deixada com amor a seus pés.
Nada há de perdoar... Apagar.
A beleza de tua alma,
Que somente eu, após anos, pude ver,
E que tu, ignoras friamente.
Nada há de perdoar... Apagar...
O amargor do abandono,
O gosto do sal da tristeza chamado lágrima,
Que me fizestes engolir gota a gota.
Nada há de perdoar... Apagar...
Com que me pagas,
O imenso e maldito amor,
Que guardo em meu peito por ti.
Nada há de perdoar... Apagar...