NADA HÁ DE PERDOAR...

Nada há de perdoar... Apagar...

O Amor não amado,

O beijo não dado,

A frase de amor jamais dita.

Nada há de perdoar... Apagar...

O rito abafado da paixão,

O choro represado e ressentido,

O pouco de afeto suplicado, implorado.

Nada há de perdoar... Apagar...

Aquilo que nada pode apagar,

As horas passadas a teu lado,

A rosa deixada com amor a seus pés.

Nada há de perdoar... Apagar.

A beleza de tua alma,

Que somente eu, após anos, pude ver,

E que tu, ignoras friamente.

Nada há de perdoar... Apagar...

O amargor do abandono,

O gosto do sal da tristeza chamado lágrima,

Que me fizestes engolir gota a gota.

Nada há de perdoar... Apagar...

Com que me pagas,

O imenso e maldito amor,

Que guardo em meu peito por ti.

Nada há de perdoar... Apagar...

ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS
Enviado por ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS em 26/03/2017
Código do texto: T5952725
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