OÁSIS DE MINHA VIDA

Domingo sem sal

Sem um tempero legal

De belas roupas no varal,

Mas aqui falta o meu sal.

O sal que me alimenta

A vida que me dá vida

Falta o sal com pimenta

Falta a minha querida

As ruas estão desertas

Parecem intermináveis

Os minutos são eternos anos

Que nos separam

Deixando-me triste

Nestas ruas desertas.

O oásis virou uma miragem

A areia quente queima meu pé

A sombra está se tornando longínqua

E o cansaço abate-me aos poucos

E o sal ainda está no mar.

O domingo continua sem sal

Falta-lhe aquele sabor especial

Criando pela presença

Do oásis de minha vida.

Tangará da Serra– MT, 2000.

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 24/03/2017
Código do texto: T5950736
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