SERENATA MECÂNICA
Meu violão morreu:
suas cordas quebraram,
rachou sua madeira.
De carro, chego próximo
ao teu lar
e, sob o luar, ligo o som.
Acordo a vizinhança,
ouço apupos, palavrões,
uns me chamam de filho da puta.
Nem ligo.
Espero a polícia chegar.
Sei que estás encostada
perto da janela de teu quarto.
Teu pai, com certeza,
deve estar colocando balas
no revólver.
Tudo se volta contra mim,
mas e daí?
Grito o meu amor,
sob vaias e tiros,
só para te tirar do sério.
E te acordar
para o mundo aqui fora.
Meu violão morreu:
suas cordas quebraram,
rachou sua madeira.
De carro, chego próximo
ao teu lar
e, sob o luar, ligo o som.
Acordo a vizinhança,
ouço apupos, palavrões,
uns me chamam de filho da puta.
Nem ligo.
Espero a polícia chegar.
Sei que estás encostada
perto da janela de teu quarto.
Teu pai, com certeza,
deve estar colocando balas
no revólver.
Tudo se volta contra mim,
mas e daí?
Grito o meu amor,
sob vaias e tiros,
só para te tirar do sério.
E te acordar
para o mundo aqui fora.