ROSA DE HELFETI

Quão bela é a rosa negra!

Você é, e sempre será para mim, minha rosa negra de Helfeti,

Flor de raro carmesim cujo negro, é presságio de amor e maldição,

Mas que floresceu para sempre, no meu coração rubro negro,

Ano após ano eu espero por ti,

Oh estrela primeira da noite fria do deserto de minha alma!

Meu manto negro que cobre-me de paz,

E adormece minha alma da solidão mordaz,

Mas se a noite vem acalantar meus sonhos,

o dia vem despertar minhas realidades,

E o sol escaldante sob a terra seca,

Esquenta as pedras polidas e lisas,

E as poucas folhas não mexem-se,

Por que você caminha pela estrada,

O sol tímido de inverno vivem no coração de quem ama,

E o aquece devagar o céu azul e lípido como seus olhos claros,

E trava-se assim um duelo titânico de belezas,

Mas eu terei partido meu amor,

Antes do primeiro beijo de minha sobrinha mais nova,

e do filho de minha sobrinha mais velha,

Eu terei partido meu amor,

Antes que meu sobrinho mais novo,

Aprenda a chamar meu nome,

Eu terei partido meu amor,

Antes que minha mãe não reconheça a minha face,

A minha voz, eu terei partido,

Eu terei partido meu amor,

Antes que você volte,

E comece a reconhecer meu amor,

Enquanto isso vou caminhar na mata verde,

Onde escondi meu coração rubro rubi pulsante,

Mineral, vegetal, animal, tudo em ti,

Esperança,

Arte,

De,

Amar,

Teu,

Amor.

ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS
Enviado por ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS em 22/03/2017
Código do texto: T5949143
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