Musa Obscena

Barroco, cubista

Introspectiva trama

Narrativa intimista

Que seu sorriso delirante, gama

Na cama, sofá, chão

Me passa feito furacão

Marca mais n’ alma que na pele

Lampejo ardente que repele

Menina, mocinha

Florzinha no cabelo

Faz tipo mulherão

Avião rumo ao céu,

Planejada a pincel

Cujo papel rasguei em pedaços

Pequenos cacos de mim...

Jasmim suave,

Veneno em doses homeopáticas

Suas conversas simpáticas

Operações matemáticas, surreais.

Curvas esculturais...

Suas mãos que tercem sem demora

O véu entorpecente da aurora...

Bendita seja tu entre todas

Quase santa, nada boa...

Todo meu eu é parte do teu

Bendito seja o deus que nos perdoa...

Por pecar de amor...

Carol S Antunes
Enviado por Carol S Antunes em 22/03/2017
Reeditado em 19/01/2019
Código do texto: T5948577
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