ELAS POR ELAS

Eu te amo, mas importa?

Penso que não, então sigo,

a cuidar da minha aorta...

Declaraste-te um amigo...

O coração é patético...

Escolhe amar sem razão.

Nem mesmo o veio poético

pode encontrar a solução.

Então rabisco esse branco...

Tento distrair-me e assim

mesmo que o amor seja franco,

rego o que for bom pra mim.

Não te culpo e te descarto

de alguma pena, afinal;

o amor fez seu próprio parto,

que faça o seu funeral.

Ana Maria Gazzaneo

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 20/03/2017
Código do texto: T5946952
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