OS RELÓGIOS SERESTEIROS

Mais uma volta nos ponteiros

Dos relógios seresteiros

E dos poetas do velho mundo

Eu que também escrevo do nada

É na noite silenciosa e calada

Que eu mergulho bem fundo

Pra ver se encontro o meu par

Vivo que nem bobo a admirar

Pelo mundão da minha janela

As prostitutas e os bêbados da rua

E lá em cima a garbosa lua

Que a cada dia parece mais bela

Como as pernas da minha vizinha

Que leva jeito de uma rainha

Parece uma pomba sem asa

Que quando vai ao supermercado

Me deixa aparvalhado

Passando na frente de casa!

Escrito as 17:47 hrs., de 18/03/2017 por

Nelson Ricardo

NELSON RICARDO
Enviado por NELSON RICARDO em 18/03/2017
Código do texto: T5945032
Classificação de conteúdo: seguro