Embriaguez
Basta de embriagar-me
do tédio de amores não vividos
de sedar-me das dores não curadas
Amores tolos!
Dores vãs!
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Abrirei as cortinas
de horizontes infindos
sonharei os sonhos dos apaixonados
rirei das desilusões dos incautos
zombarei da inércia dos covardes
viverei amores que dançam
ao som das grandes paixões
beberei do vinho das loucuras
provarei da sofreguidão dos amantes
Vinhos! Risos!
Acordarei os amores perdidos
que no meu peito
dormem inquietos
quero embriagar-me de amor!
Brasília, 17 de março de 2017