Pedido do matuto
Um certo matuto
Me pediu em namoro,
Seu rosto eu não vi,
Pois na mata se esconde!
Mas, viajarei seguindo seu cheiro
E quando o encontrar,
Falarei ligeiro:
Ouvi sua voz no barulho do vento,
Que me aguçou os sentidos
E encantou meus pensamentos...
Acaso és mágico
Ou encantador de gente?
Brincas na mata
com borboletas e o passaredo,
Saltitas como os coelhos
E arisco como gato do mato
Sobe nos arvoredos...
É ousado e abusado
E já se acha o dono de meu enredo...
Preza a liberdade que eu tanto desejo!
O que lhe responderei,
A este sublime ensejo?
Léo Lima