Luz do amor

Domingo, a noite cai tristonha

Cutuca-se na ‘lma do poeta

Que não se aquieta e sonha

Com a majestosa luz do amor.

Distante soa uma canção chorosa

Abalando o coração solitário, mas de atitude

Honrosa, que recolhido à insignificância

Do ser, ouve-se apenas barulho do mar

As estrelas apontam para um novo dia

Que tão novo talvez não será, sim,

Será como o de ontem ou o de hoje

E no mesmo mar iremos todos navegar...

.

Os campos amanhecerão como sempre

Pelo sereno ou pela chuva banhados

As pessoas, estas sim, talvez não serão

As mesmas, umas permanecerão na Terra

Enquanto outras no céu irão morar.

E a noite sempre cairá, alegre para uns

E tristonha para outros

O bom mesmo é estar vivo

E de corpo e alma poder amar.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 05/08/2007
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