Luz do amor
Domingo, a noite cai tristonha
Cutuca-se na ‘lma do poeta
Que não se aquieta e sonha
Com a majestosa luz do amor.
Distante soa uma canção chorosa
Abalando o coração solitário, mas de atitude
Honrosa, que recolhido à insignificância
Do ser, ouve-se apenas barulho do mar
As estrelas apontam para um novo dia
Que tão novo talvez não será, sim,
Será como o de ontem ou o de hoje
E no mesmo mar iremos todos navegar...
.
Os campos amanhecerão como sempre
Pelo sereno ou pela chuva banhados
As pessoas, estas sim, talvez não serão
As mesmas, umas permanecerão na Terra
Enquanto outras no céu irão morar.
E a noite sempre cairá, alegre para uns
E tristonha para outros
O bom mesmo é estar vivo
E de corpo e alma poder amar.