Um pedido: lágrimas que caem (versão poesia)
Em meu quarto branco
Estou coberto pelo vermelho
Vendo pela janela a luz cinza que me penetra.
As minhas lágrimas caem sobre essas cores.
Concha de retalhos difíceis de serem respondidos.
Eu colhi pedras ao invés de flores.
Vivia plantando semente que eram verdadeiras
Mas nunca fizeram parte do meu jardim.
Eu me sentia culpa da morte do meu canteiro.
Reconheci que esse espaço não devia fazer parte de mim.
Entreguei o meu jardim e nunca mais fui colher.
Um dia fui ver o meu canteiro e vi uma flor muito viva.
É incrível como cresceu rápida e roubou o meu coração.
Decidi que deveria cuidar.
As pétalas sorriam em minha direção.
Eu ficava sem jeito.
Coloquei um laço no seu tronco.
Ela nunca tinha recebido isso.
Ficou emocionada.
Caí em lágrimas.
O meu coração está estremecido
O meu cuidado com essa flor foge dos espectros.
Eu aprendi a desgostar do meu jardim
O tempo engoliu os meus dias.
Aprendi a viver bem assim
Não sei dizer se vivo uma carência
Pelo fato de ser só
Ou realmente estou amando alguma coisa tão bela
Apenas tenho medo de viver
É a primeira vez em anos que vejo uma flor em estado de pureza.
Sem ligar os detalhes e contornos.
Eu tenho uma vontade de fazer um pedido imenso a essa flor,
Não quero matar pela distância.
Nossas vidas são jovens,
Eu queria namorá-la
Não sei em que ponto nos encontraremos
Eu a amo profundamente
Quero só ver o sorriso dela.