amor maldito.

"atordoando-me com o gelo!

dilatando estopins dos meus gozos...

na era do seu Deus carnal e matrimonial.

sobre o teu chão, ralo e morenado.

"alcança-te, minha boca insana!

justando-me a sua mão mirrada...

e no coalho da minha imaginação?

e liberta-a, no seu corpo nu.

"e deste arroubo à fera caída?

quando dentro de ti, apaixonado!

astutas a tua febre ventrecha.

"amarga a minha face sorridente!

na suma ordem de lados amados...

naquele vosso amor maldito.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 14/03/2017
Reeditado em 14/11/2023
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