Veredas
Cansada, me sentei sob uma árvore e seus galhos me protegia do sol e da chuva.
Pela sombra da árvore eu passei a conhecer as suas formas, seguia suas raízes que adentrava a terra enquanto agradecia suas folhas pela proteção do sol, e me alegrei com as gotas de chuva que delas pendiam sendo devolvidas a Terra.
Percebi que, a arvore me protegia mas também me impedia de “sentir” o calor do sol, de me “purificar” nas águas e de “ver” o brilho da lua.
Me levantei e me expus ao calor, andei pelas águas para me purificar e fui inundada pela luz da lua, percebi que a árvore me protegia do sol... Mas também me impedia de vê-lo, me protegia da chuva... Mas impedia a pureza de senti la, e que sob sua proteção a luz da lua seria ficção.
Ao me expor, senti que sou a interação do vertical com o horizontal e que nasci neste ponto de intercessão.
Sou Terra, Água, Fogo e Ar.
Se quero raízes me faço Terra.
Se quero pureza me faço Água.
Se quero brilho, me faço Fogo.
Se quero luz me faço Ar.
Sou o redemoinho da vida,
Sou a roda que gira,
Sou um ponto de partida.
Sou a espiral que sobe e desce
Sou um ponto
E não um conto.