O TEMPO DE VIVER
O tempo não é uma troca de amor, tão pouco de solidão.
O tempo, quem sabe, seja o aprendizado entre a vida e a morte. Talvez seja apenas um sopro daquela respiração que nos falta e que por vezes nos acompanha em busca do ar.
O tempo nos contempla como se existisse um templo dentro de nós mesmos. E existe.
Fazer de conta que a conta do tempo seja apenas uma questão de tempo, é jogar fora o tempo que não utilizamos no tempo do nosso próprio tempo.
O tempo não é uma linha de virtudes, nem uma explicação de erros. Ele apenas direciona e orienta os nossos sentimentos ao longo dele mesmo, o tempo.
Não sei se o tempo é um mistério ou uma incógnita, mas de alguma ou em todas as formas estará sempre presente em todos aqueles que sintam o tempo.
O tempo que nos é permitido jamais deverá ser concebido sem amor, muito amor, porque faz parte do tempo a concepção da bondade. E aos nossos próprios olhos nos ensinando e aprendendo com as dúvidas que apenas a nós nos cabe. O tempo nos remete à dor que não era nossa mas sentimos da forma mais dolorida. Nos transporta aos anseios e felicidades, mesmo que breves ou intensas, e assim acreditamos que ainda dá tempo de viver.