UMA DROGA CHAMADA AMOR
Não tenho metáforas para explicar;
Estou caindo no desencanto;
Ela está se entregando aos outros;
Meu coração se desfaz em pedaços;
Como uma ferida que não se cicatriza;
Esta droga chamada amor;
Um fogo que corrói nossa resistência;
Uma mente que se frustra com o destino;
Não quero mais ouvir o seu nome;
Não quero que me lembram de sua existência.
Um abismo evoca outro abismo;
Estou buscando novos sentidos;
Quero jogar toda a merda no ventilador;
Irei jogar fora toda a minha decência;
Cansei de ser o certo;
E sempre ficar para trás;
Um copo de uísque atrai novas sensações;
Ela se entrega ao ópio da noite;
Eu me jogo no abismo de meus traumas;
Estou perdendo minha razão;
Esta paranoia está custando minha honra;
O brilho de minha carne;
Espanta o calor de minha alma.
Não preciso que me falem dela;
Não preciso que me lembrem;
Daquilo que não deu certo em minha vida;
Como um vendaval que destrói a resistência;
Só os cegos não enxergam;
A vida é um mar de ilusões;
Esta droga chamada amor;
Entorpece minha mente;
Me joga na decadência de meus princípios;
Me deem o vinho;
Não quero mais o pão;
Não terei mais o que quero;
Afinal de contas;
Já me entreguei ao fim;
De minha existência;
Como um ser de essência racional;
Só o tempo dirá;
O resultado de minhas escolhas.