Dona Glória

Dona Glória

Era a senhora Vovó

Que me bajulava e me empurrava

Me amava tanto e me odiava

Falava sempre para eu procurar emprego

Me chamando de moleirão

De cachorro e de pilantrão

Mas era só senhora que me defendia

Que me educava e me dava moradia

Me alimentava e me abençoava

Sorrir, era raro

Mas quando vinha era singular

Muito sincero como não se lembrar?

Lembro-me de todos nossos momentos

E quantos sentimentos...

Evitava de sair para te "vigiar"

E a senhora sempre adormecia no sofá

Eu só gostaria que estivesse naquele mesmo lugar

Mas chegou a sua hora

E não tive tempo de dizer adeus

Queria muito se despedir

Mas não foi possível

Que a senhora, Dona Glória

Esteja em um bom lugar

E que nós possamos um dia nos reencontrar.

Felippe Lacerda
Enviado por Felippe Lacerda em 10/03/2017
Reeditado em 20/03/2017
Código do texto: T5936888
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