Um dia.
Com o advento das novas ideias,
estou sempre escalando você,
contradizendo meus próprios versos,
minhas histórias estão tão cheias quanto antes.
E nas minhas costas, tenho o peso do mundo,
e o mundo não é nem mais o mesmo.
Não tem nada igual a antes.
Quiçá, minhas canções não corroboram em nada minhas intenções.
E todos os insetos que me rondam,
todas aquelas ideias descabidas que me sugam,
todas as histórias que invento ao deitar...
Quiçá, minhas canções não corroboram em nada minhas intenções.
E, nada fez tanto sentido,
quanto ao uso de palavras cordiais, que antes não entendia.
Meu mundo só é mundo porque existia você,
disponível,
ensinando-me todas as palavras que desconhecia.
E, garoto, um dia retribuirei todas as palavras que aprendi.
E não a você, talvez, já que seguiu ensinando por aí.
Mas tudo que tenho, e sou, e estou...
Todas as verdades que são minhas.
Todas as minhas mentiras,
são todas suas.
E enquanto eu for, será.
Ainda que não seja mais, será.
Um dia.