Dizem que amar é ser louco
E só quem não ama é são
Mas quem não ama é tão pouco
Já que falta um coração
 
É melhor ser um insano que sente
Do que ter a lucidez da normalidade
Pois se um peito que ama é demente
O que não sente é temeridade
 
Quando a loucura faz morada
O amor voa sem discernimento
Habita o íntimo d’alma
São asas de sentimento
 
Não amar é não viver
Ainda que o corpo pareça vivo
É fazer o peito fenecer
E não conhecer a loucura do paraíso
 
Teratológica é a sobriedade
Quando embriaga sem emoção
Prefiro morrer no hospício da insanidade
Do que ser eterno no asilo da solidão
 
 

 
Tarcisio Bruno
Enviado por Tarcisio Bruno em 06/03/2017
Reeditado em 27/07/2017
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