VOZ
Os olhos quentes das águas
transparentes desse mar
contam ondas dessa mágoa
que não vem,quando há luar.
só o silêncio se encaixa,
flor da noite a vicejar.
negro lume do infinito
constelando o que virá.
O limite desse encanto
faz chover ouro e perdão
sobre o arco da verdade
sombra e medo passarão.
E dos versos cristalinos,
branca e nítida visão,
surge, num redemoinho,
a anônima canção.
Rente à vida fica a história
que gravita além de nós,
ficaremos na memória
de quem ouve a nossa voz