Sem tempo
Me permita fazer uma caminhada ao seu lado
De braço dado com a história que começou
Sem pretensão de morosidade latente
Pois, temos o tempo à frente
Curto, porque não sabemos há que horas o relógio para
Então vamos em frente como um, sendo dois
Sem olhar o que ficou para depois
Só me interesso por seu apreço disfarçado em pouco caso
Já senti seu sabor em tramas de teia e armadilha
Quase submissa em seus desejos de ser uma ilha
Por isso construo essa ponte
Que depois deixarei afundar
Para termos sons somente entre nós
Hora lento, hora veloz
Sem se preocupar com olhares alheios
Apenas com o tempo, porque não sabemos há que horas o relógio para.