Amor Varietal - Nilza Freire
O copo derrama o vinho encorpado em meu corpo, sorvo e bebo
Depois meus olhos gotejam sua água no copo enquanto escrevo
Na mistura do vinho seco e das lágrimas salgadas
Emoções e uvas foram maceradas, amalgamadas
O que será que predomina nessa triste pantomina?
O rubro líquido em mim ou o pranto que não termina?
Procuro-te entre buquês e taninos, exagero na dose que me põe tonta
Quero-te em minha vida, teu aroma intriga como esta bebida, mais do que a conta.