CADILHO

CADILHO

VEM A POESIA E ACLARA O DIA

REFAZ O VENTO E DESENHA A AURORA.

E BROTA A FLOR NA MANHÃ SOMBRIA

RESTO DE SOL POR ONDE A VIDA AFLORA.

CADA CANÇÃO QUE REGE A HARMONIA

É SAUDADE IMENSA DE QUEM FOI-SE EMBORA.

SÓ MESMO A VOZ PARA ABRIR O ESPANTO

DENTRO DO PRANTO QUE JÁ SE ANUNCIA

CHAMA, DESEJO,SUOR E QUEBRANTO

QUANDO É O AMOR UMA CALDEIRA FRIA.

NOITE VAZIA, RESTA O ACALANTO.

ÁGUA DA FONTE QUE NÃO MAIS SACIA.

E CADA VERSO TRAZ O ESTRIBILHO

O DESVARIO, A VERDADE, O ANSEIO

BOCA DA NOITE,UM LUAR SEM BRILHO,

ESTRELA FRIA REPARTIDA AO MEIO

E SÓ O AMOR RESGUARDA EM SEU CADILHO

A RIMA RARA E UM CORAÇÃO ALHEIO.

Marilia Abduani
Enviado por Marilia Abduani em 04/03/2017
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