RECOMEÇO...
Meu amor,
Me perdoe se o meu amor por ti,
Já não é mais como fora antes,
Mas, console-se! Saiba que ainda é amor...
A verdade é que o viço já não existe mais,
O ardor na pele, foi-se,
O rubor da face ao toque íntimo,
Empalideceu...
Alguns exegetas do amor,
Ventilam que o amor jamais morre,
E se assim o for,
E porque jamais fora amor...
Não creio nisso,
Pois sei que te amei demais,
Em alguns momentos,
Mais que a mim mesmo,
Um erro comum aos amantes...
E justamente por isso,
Por este meu exagero no amar,
Perdi a conta do amor,
E acabei por dar-te todo ele,
Ficando assim, sem nada mais para dar a mim mesmo...
Chorar o fim do amor é tolice,
Ele nos espreita a todo momento,
E não há por este mundo,
Um Romeu sem Julieta...
Daí sigo mais uma vez adiante,
Despedaçado, desfigurado, de tanta tristeza,
Mas certo que não serás mais infeliz,
E que minha prova de amor por ti,
E deixar-te novamente, ser amada um dia...