ACORDEI DIFERENTE...
Acordei.
Abri meus olhos e senti o colchão mais leve...
Não preocupei-me, pois teu cheiro ainda estava lá....
E sua calcinha, caída sobre meu rosto.
Acordei.
Entumescido...
E espojei-me no teu lugar vazio em nossa cama...
E fiquei ali, sarrando como um imberbe, pensando em ti, gozei preguiçosamente.
Acordei.
E minha face era uma mistura de cinismo e hematomas, de tua prazerosa mão pesada...
Incompreensíveis modos sociais, deliciosa maneiras de amar...
Lembro-me de quanto amo-te.
Acordei.
Saciado sim, da noite anterior, mas ansioso pelo dia de hoje...
Onde tenho planos, de seduzir-te, encantar-te, cantar-te mais uma vez...
Ouvi ruídos.
Acordei.
Sentindo o delicioso cheiro de teu sexo, de teus sucos em mim, Misturado ao cheiro de... Café! Que coas em nossa cozinha... Talvez em tua calcinhas...
Abri meus olhos e vi, de longe, tu passeando pela casa feito uma rosa branca vestida de pouco... De nada... Linda...
Minha. Não, não... Tua.
Acordei.
Quis levantar mas não pude...
Estava frio, o silêncio de nossos gemidos mortos, prestes a ressuscitar...
E tu minha flor da vida e morte, ali, cantando distraída, destruída, mas saciada.
Acordei.
E acuei-te na borda da nossa velha e antiga mobília da cozinha, gosto pelo passado, não pobreza...
E ofereceste-me um gole de café em uma caneca de Ágata...
Balbuciastes algumas coisas que não entendi, certamente obscenidades de amor, eu, estava ocupado em senti teus mamilos rijos.
Acordei meu amor.
E mais uma vez fizemos amor na cozinha, lugar da primeira refeição...
Onde o prato principal somos nós...
Sendo devorados pela nossa volúpia e indecente forma de amar...
Eu... Era ausência.
Tu... Eras solidão.
Eles... Não nos viram.
Nós... Temos o direito à sorrir.
Vós... Tens medo, eu não, é juntos somos mais.
Eles... Se foram.
Acordei.
Para a nova vida que é amar-te...
Acorde agora você amor, para o que realmente somos, almas livres que Deus permitiu reencontrar-se.
A minha amada musa...