Dossiê
Minhas palavras, não mais que elas,
Determinam o meu ser em rascunho
E não escondem o meu passado que se revela,
Ao escrever este dossiê em próprio punho...
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E com minhas letras destorcidas,
Descrevo no papel as minhas variações
Quem sabe você lendo, aos meus segredos elucidas
Entendendo um pouco das minhas decisões...
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Assim da minha mente encontrarás as chaves
E de minha cabeça conseguirá abrir a porta
Transmudando minhas idéias sem entraves
Observando com o que minha realidade se importa...
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E há de revelar minha identidade,
E minha ego-trip assim se desnudará
No privado sentido que fala a verdade,
A minha meia-idade, não mais se esconderá...
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E você atravessará as noites e os dias,
Coibindo com meu silêncio na loucura
Tirando-me destas condições sombrias,
Afastando-me estas nefastas figuras...
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Pois quando a porta para mim tu abriste,
Eu há cruzei, antes que se fechasse
Saindo de um mundo que era tão triste
Para encontrar em ti, uma razão que me animasse...
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Escrevo aqui, que da alegria es meu instrumento
E isso ficará claro, no dia em que poderes ler
Vou dizer adeus a qualquer tipo de sofrimento,
Neste dossiê que me pus a você escrever...
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Mesmo que você não encontre muita razão,
Na minha política, e na minha germefobia
Entenderás as palavras de um coração,
Que pensa em ti, vinte e quatro horas por dia...