Dossiê

Minhas palavras, não mais que elas,

Determinam o meu ser em rascunho

E não escondem o meu passado que se revela,

Ao escrever este dossiê em próprio punho...

~

E com minhas letras destorcidas,

Descrevo no papel as minhas variações

Quem sabe você lendo, aos meus segredos elucidas

Entendendo um pouco das minhas decisões...

~

Assim da minha mente encontrarás as chaves

E de minha cabeça conseguirá abrir a porta

Transmudando minhas idéias sem entraves

Observando com o que minha realidade se importa...

~

E há de revelar minha identidade,

E minha ego-trip assim se desnudará

No privado sentido que fala a verdade,

A minha meia-idade, não mais se esconderá...

~

E você atravessará as noites e os dias,

Coibindo com meu silêncio na loucura

Tirando-me destas condições sombrias,

Afastando-me estas nefastas figuras...

~

Pois quando a porta para mim tu abriste,

Eu há cruzei, antes que se fechasse

Saindo de um mundo que era tão triste

Para encontrar em ti, uma razão que me animasse...

~

Escrevo aqui, que da alegria es meu instrumento

E isso ficará claro, no dia em que poderes ler

Vou dizer adeus a qualquer tipo de sofrimento,

Neste dossiê que me pus a você escrever...

~

Mesmo que você não encontre muita razão,

Na minha política, e na minha germefobia

Entenderás as palavras de um coração,

Que pensa em ti, vinte e quatro horas por dia...

Marco Ramos
Enviado por Marco Ramos em 13/10/2005
Código do texto: T59296