DANÇA ETÉREA
Não há crime,
na menina
que me alucina,
com tanta doçura.
Procuro ser firme,
quando a vejo na esquina,
com seu olhar sublime,
que tanto me fascina.
Esqueço a rima...
E sem obedecer à métrica,
vejo-me na sina,
de perder a ética.
Enquanto minh’alma,
desprendendo da matéria,
flutua, leva e calma,
numa dança etérea,
procurando espaço,
entre meu terno e seu vestido,
neste longo compasso,
onde me vejo perdido.
Nova Serrana (MG), 26 de agosto de2007.