DANÇA ETÉREA

Não há crime,

na menina

que me alucina,

com tanta doçura.

Procuro ser firme,

quando a vejo na esquina,

com seu olhar sublime,

que tanto me fascina.

Esqueço a rima...

E sem obedecer à métrica,

vejo-me na sina,

de perder a ética.

Enquanto minh’alma,

desprendendo da matéria,

flutua, leva e calma,

numa dança etérea,

procurando espaço,

entre meu terno e seu vestido,

neste longo compasso,

onde me vejo perdido.

Nova Serrana (MG), 26 de agosto de2007.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 02/03/2017
Código do texto: T5928492
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