ORVALHADA

ORVALHADA

Quando a noite silencia,

A manhã, em orvalhada,

Traz o anúncio da poesia

Que provém da madrugada

É o murmúrio que o poeta

Ouve dos hinos da vida

É a guerra apaziguada

Luz de estrela, refletida.

Abre o caminho com o braço

A semente da esperança

O suor rompe o cansaço,

Volta a alma a ser criança

Quem abre as asas e sonha

Desintegra a tempestade

Faz da voz um instrumento

No resgate da coragem

Cada traço do caminho

É o repente da ansiedade

Ninguém é feliz sozinho

Quase nunca é muito tarde

Fica a relva mais perfeita

E o vento bem mais forte

Se a alma se enfeita:

É o amor vencendo a morte.

Marilia Abduani
Enviado por Marilia Abduani em 01/03/2017
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